quinta-feira, 12 de março de 2020

Descoberta




O meu Brasil
é o de Cabral
Não o de Pedro,
O luso Álvares,
Nem o de Vasco,
Em épico verso,
O nauta das Índias.
O meu Brasil
É o de Cabral,
Aquele de João,
Vulgo Severino,
Não o do velho do Restelo,
Mas o do torero sevillano
Com o mal de Homero
em seu destino.
Um Brasil de João
Tecido em tantas manhãs
Com seus fios e rios em discurso
Coisas de engenho ou engenheiro
Com alma de pedra,
Cérebro de poeta,
E coração nordestino

c.moreira

Nenhum comentário: