domingo, 7 de abril de 2019

Casulo: Poema, Borboleta: Cecília Meireles





(Arguição à tese de doutoramento de Erion Marcos do Prado defendida no Programa de Pós-Graduação em Literatura no dia 28 de março de 2019 na Universidade Federal de Santa Catarina)


Caio Ricardo Bona Moreira

Gostaria de começar a arguição evocando uma passagem aparentemente fortuita, mas que se revela ao longo da tese de Erion Marcos do Prado como a centelha de uma questão central. Já nas primeiras páginas do capítulo inicial da tese intitulada “A Teatralização do 'eu' na Linguagem do Poema em Cecília Meireles”, o pesquisador apresenta uma série de cinco poemas de Cecília publicados no volume que inaugura a Revista Festa, em 1927. Concentro-me no primeiro deles, intitulado “Casulo”, que segundo Erion, ao insistir na relação entre a vida e a morte – temática recorrente na poesia simbolista bem como na lírica da poeta em questão (um dos elementos que, por sinal, aproximam ambos) -, se dispõe a tratar, entre outros assuntos, da “condição da existência humana diante de seu destino fatídico” (2019, p. 35). Soma-se a esse ponto de vista a observação de que há no poema um “confronto entre humano e divino, matéria e espírito, etéreo e carnal” (2019, p. 37), ou mesmo a evidência de um “confronto entre a fragilidade da existência e o poder da preservação do indivíduo através da arte (...)” (idem, p. 37). Para Erion “a metamorfose, aqui, é a transformação da matéria em espírito, e permite uma outra forma de vida, a espiritual” (idem, p. 37). Poderíamos perguntar se esse processo sinalizaria necessariamente para o término da existência material, ou se não estaríamos diante de uma espécie de ritual de iniciação que marcaria a estreia não só da Revista Festa no Modernismo brasileiro, mas também de Cecília Meireles no periódico, já que o poema não apenas abre uma série de cinco textos, mas também inaugura uma intensa colaboração literária que infelizmente seria desconsiderada pela própria poeta na revisão de sua obra. Seus poemas de Festa ficaram de fora. Esse olhar parece corroborar com o de Leonardo D´Ávila de Oliveira, inclusive citado por Erion, um olhar que apresenta o texto como parte de uma “viagem interna que seria uma espécie de iniciação a um mundo que não é mais material, e sim espiritual” (2019, p, 35). Talvez pudéssemos acrescentar, que não é mais material, mas também espiritual, já que a morte em um ritual de iniciação místico-filosófica, em sociedades secretas e/ou apenas esotéricas, seria apenas simbólica. A morte simbólica, inclusive, é geralmente a parte mais enfatizada dessas cerimônias (SPENCER, 1995). Nas culturas iniciáticas, tal acontecimento antecede um renascimento simbólico que aqui, poderia ser associado a título de miragem, à morte de uma certa ideia modernista e o renascimento simbólico – ou pervivência – de uma certa ideia de modernidade que apontaria por sua vez para a existência de um modernismo paralelo (continuador nas palavras de Erion) àquele outro que se consignou autonomista pela geração de Oswald e de Mário de Andrade, a Geração de 22, o grupo da Semana de Arte Moderna.
Se prestarmos mais atenção nas três estrofes do poema “Casulo”, observaremos que na primeira delas estamos diante de uma preparação para a morte, na segunda estamos diante da morte simbólica, propriamente dita, e na terceira, da vida póstuma, neste caso da vida pós-Iniciação. Na primeira, sugere-se uma criação de fios tênues (formando um casulo) que envolveriam um sujeito que está a dormir um sonho preparatório, sonho que seria uma espécie de “Iniciação das azas / para a sabedoria dos espaços” (apud PRADO, 2019, p. 25). Trata-se de um acontecimento do passado. A segunda estrofe aponta para um presente ou para um pretérito recente (materializado pela expressão “hoje romperam-se todos os casulos”). Todos morreram, de fato, menos o sujeito tratado no poema, como se a morte para ele não acontecesse de fato, mas apenas simbolicamente. A terceira estrofe parece apontar para um futuro, na expectativa de uma resposta à pergunta: “Dize-me, insecto obscuro: / Com que azas voaste / De dentro de ti mesmo?” (apud PRADO, 2019, p. 25). O poema parece aqui sugerir novamente uma morte simbólica, já que num processo de iniciação vivencia-se a experiência da morte sem se morrer de fato. Trata-se de uma experiência do possível, daquilo que poderia ter sido, e de onde se extrai algum tipo de aprendizado, de conhecimento. Uma experiência de certa forma poética, bem como verossímil. Vale reforçar que em rituais de iniciação variados é comum a presença da morte e do renascimento. Em alguns rituais xamânicos temas como o do desmembramento do corpo, a redução a um esqueleto e a subida pela Árvore Cósmica, são recorrentes (SPENCER, 1995). No Budismo Tibetano e Mongol, segundo Gertrude Spencer, “visualizar a própria morte pela redução ao estado de esqueleto é uma meditação favorita” (idem, p. 36). Na maçonaria, o tema da morte é vivido pelo postulante deitado em um caixão-casulo (sobre isso, anoto o que me contaram visto que não sou maçom). O noviço, em outros rituais de iniciação, se torna novamente embrião a permanecer no ventre-casulo por algum tempo. Rituais hindus envolvem a colocação de um candidato num receptáculo dourado que tem a forma de uma vaca, ou “em um pote simbolizando seu ventre, sendo que ele emerge de ambos como um bebê” (idem, p. 30). Assim o simbolismo do retorno ao ventre é recorrente em muitas cerimônias de iniciação, presentificado pelo isolamento do noviço, numa cabana-caverna-casulo. Em quase todas elas, trata-se de produzir uma introspecção, seguida de uma segregação ou isolamento do mundo, para se atingir a morte mística, seguida da ressurreição, da revelação (SPENCER, p.1995).  
O poema “Casulo” termina com dois versos que perguntam: “Qual foi a tua Iniciação? / Qual é a tua sabedoria?”, como a interrogar um interlocutor sobre aprendizados que vieram com essa transformação, já que o Iniciado nunca mais será o mesmo depois deste evento. Não desconsideremos que Cecília, iniciada no Modernismo Continuador de Festa, encantou-se sempre com misticismos e religiosidades orientais que são bastante afins a rituais iniciáticos, o que marcou deveras sua pensamento e obra, como a Tese bem aborda.
Insisto um pouco mais na questão, desculpando-me pela longa digressão. Em um belo confronto com o “Casulo”, Erion apresenta a “Elegia a uma pequena borboleta”, que Cecília publicou posteriormente, em 1949, no livro Retrato Natural. A partir dela, observa não só a fragilidade do ser alado (uma espécie de Albatroz baudelairiano), bem como aponta novamente para a tópica da metamorfose. Neste caso, a morte da larva gera o nascimento da borboleta, mas para morrer logo depois nas mãos da poeta que, com sua rude mão, e sem habilidade para lidar com as coisas frágeis, sutis, mata o pequeno inseto, chorando por sua forma violada. A borboleta antes viva e alada, agora está inerte e silenciosa. Para Erion, os versos fazem parte de um questionamento acerca da qualidade do trabalho poético que o eu-lírico realiza. Se por um lado o poeta é aquele que mata a borboleta, por outro é aquele que a permite perviver por meio de seu texto: “Se a poeta não consegue salvar o inseto que voa, a única forma de conservar ainda a vida desse ser é através da arte” (2019, p. 44). De um lado a fragilidade, a morte, a incapacidade de durar, o efêmero, o transitório, o casulo-esquife, de outro, o movente, a movência em si, a capacidade de se metamorfosear, de perviver, de sobreviver, mesmo que como ruína no texto, mesmo que como imago. A borboleta precisa ser sacrificada para sobreviver como imagem, Cristo crucificado[1] não é senão uma espécie de grande borboleta aberta, como apontou Didi-Huberman, borboleta “bela, simétrica, muda como uma mariposa-caveira (2015, p. 147). Tão barroca, tão simbolista, tão moderna, tão Cecília Meireles.
A questão parece sinalizar aqui para um paradoxo que marca a arte desde Baudelaire, numa tentativa perene de conciliação entre as suas duas metades. Antonio Cícero, no poema “Guardar”, escreve que “melhor se guarda o voo de um pássaro” do que um “pássaro sem voo” (2010, p. 29). Didi-Huberman, numa direção semelhante, pergunta se a “borboleta integralmente conhecida seria, portanto, a borboleta submetida ao éter, definitivamente cravada com um alfinete sobre uma prancha de cortiça? (2015, p.14)”. O próprio historiador da arte pergunta:

Integralidade ilusória, obviamente, porquanto lhe falta a vida. Não valerá mais uma borboleta que passa sob nossos olhos, fugidia mas viva – movente, errante, mostrando e ocultando alternadamente sua beleza no bater das asas -, mesmo que seja pouco conhecida e, como tal, muito frustrante, senão inquietante? (2015, p.14). 
 
Diante da borboleta de Cecília talvez estejamos a vislumbrar a Passante, de As Flores do Mal, e sua efêmera beldade, fadada a ser vista novamente senão na eternidade, beldade cujos olhos fazem o poeta nascer outra vez, como borboleta emergindo do casulo na multidão. Aliás, Erion Marcos do Prado, em uma das passagens da Tese, escreve que na obra de Cecília Meireles, a vida é feita de coisas ambíguas, que misturam alegria e melancolia, beleza e dor, como se ela também se pusesse a escrever as suas Flores do Mal (2019). 
Penso que a tópica do casulo e da borboleta, bem como suas especificidades na lírica de Cecília, não só ajudam a fundamentar uma certa poética, bem como integram um projeto que destoa do Modernismo autonomista, fazendo-nos lembrar  do elogio das singularidades bergsonianas, lembradas por Didi-Huberman, em Falenas, elogio que acabava por recusar a maneira como quase toda a tradição metafísica do Ocidente terá privilegiado a “permanência das formas fixas, facilmente pensáveis na sua idealidade, em detrimento das formas moventes, tão difíceis de aprender em suas durações concretas, nas suas mudanças, nos seus anacronismos e metamorfoses” (2015, p. 16). De um lado uma intensa reflexão sobre a forma, no modernismo de ruptura. De outro, um movimento mais aberto a forças difíceis de serem domesticadas, pendão da própria modernidade. Talvez fosse preciso, à maneira de Murilo Mendes, evocado por Raúl Antelo (2001), em um texto sobre o conceito de arte pura nos modernistas brasileiros, empregar a palavra modernidade e não modernismo, para lidar com tal força, mais próxima de Cecília Meireles do que de Oswald de Andrade. Antelo observa que Murilo Mendes “situa a questão da modernidade, isto é, 'as ruínas do discurso, num outro espaço que já organiza a sua própria arqueologia' nas noções de morte do autor e desaparecimento da obra” (2001, p. 111). Por isso penso que Erion acerta ao aproximar o poema de Cecília Meireles mais do simbolismo (poesia moderna) do que do modernismo paulista. Penso também que outros dois ensaios de Antelo podem nos ajudar a pensar em tal questão, “O percurso das supersensações”, no qual a ideia de supersensações de Clarice Lispector é analisada como a inversão pontual da imagem modernista, pulsando como o avesso do signo, “dissonância irresolvida dos interstícios da própria representação” (2001, p. 185), ultrapassando assim “a experiência de ruptura modernista” e podendo ser mais cabalmente entendida como “experiência interior” (2001, p. 185).  Tais questões podem não estar especificamente próximas de Cecília, mas não são dela totalmente avessas. O outro texto que penso, nos ajudar a desenvolver a questão está em “Mar, máquina e mais-de-ser”, no qual Raul desenvolve uma interessante leitura do simbolismo de Cruz e Sousa ao pontuar no poema em prosa um processo de “irrupção da máquina como sintaxe do novo homem”. Segundo Antelo, muito antes de dadaístas e surrealistas descobrirem o vínculo entre imagem e mercadoria, os simbolistas captam, numa determinada redefinição do sujeito, não só a “emergência de outra linguagem, porém, efetivamente, a articulação da linguagem do outro” (2001, p. 197). Nas imagens produzidas por esse simbolismo, Antelo encontra um “inconsciente ótico”, do qual derivam noções de experiência de esgotamento e de imagem corporal que tocam nossa sensibilidade contemporânea” (2001, p. 200). Creio que são observações que integram textos que ampliam as dobras da mesma questão.
Didi-Huberman, em uma passagem de Falenas, nos convida a articular o ver e o imaginar, seguindo a rigorosa definição baudelaireana que faz da imaginação uma faculdade que aprende as relações íntimas e secretas entre as coisas. Articular o visível e o invisível, o efêmero e o eterno, a imagem e a imaginação, parecem fazer parte do projeto dessa modernidade de Festa, ou melhor da poesia moderna de Cecília Meireles, essa máquina neo-simbolista de produzir imagens. Sua borboleta parece não estar desvinculada da coleção de borboletas de Walter Benjamin, em “Infância Berlinense”, da conversa de Warburg com suas borboletas, do conjunto de borboletas que pululam no surrealismo, no voo cinematográfico do inseto figurado por exemplo pela mulher-borboleta de Georges Méliès, entre tantas outras. Penso que a borboleta parece funcionar bem para ilustrar uma certa ideia de modernidade, no jogo de um paradoxo da forma e do informe, de sua pungente aparição que tão logo prenuncia sua agonizante desaparição.
A meu ver, Erion percebe bem o que está em jogo na poesia de Cecília em relação a sua concepção de poesia moderna, seu diálogo com outras tradições em especial com o simbolismo (inclusive na sua vocação para uma vivência religiosa múltipla), sua inadequação ao modernismo canônico, a teatralização do “eu” como princípio constitutivo de seu poetar moderno, uma determinada concepção de nacional em confronto com o vago e etéreo nefelibatismo, que por vezes parece paradoxal, e por isso mesmo moderno, aspecto que pervive ao longo de sua produção para além de Festa.   Para finalizar, gostaria de destacar algumas contribuições da Tese que hoje se examina: 
·        Erion devolve potência para alguns poemas relativamente esquecidos de Cecília, refiro-me em especial àqueles que integram a sua participação em Festa e que não foram reconhecidos pela própria escritora na revisão de sua obra ao lado dos primeiros livros. O pesquisador analisa com desenvoltura uma poeta que continua sendo um mistério para mim, convidando-me também à leitura;
·         A pesquisa analisa com presteza a dimensão moderna de sua poesia, posta em diálogo minucioso com o simbolismo[2], esmiuçado na sua vocação para a problematização do lirismo tradicionalmente entendido como linguagem em estado de ânimo, da alma pessoal do artista, lirismo que passa a ser compreendido a partir de uma certa noção de teatro, de “dramatização das vozes”, o que enriquece a leitura da poesia de Cecília. Dessa questão, destaco uma passagem em que Cecília, de certa forma, se expõe ao risco, ao escrever em uma carta enviada a Côrtes-Rodrigues: “E entristecem-me pensarem – quase todos – que o que escrevo é uma coisa, e eu e minha vida somos outra” (2019, p. 205). Erion resolve a questão ao observar que “se a poeta vê sua obra e sua vida como a mesma coisa, como fez em alguns textos que foram tratados aqui, isso se deve ao fato de que ela inventa o vivido a partir do poetado” (2019, p. 207). Em outra singular constatação, apontando para um jogo entre bio e razo, Erion escreve: “quando diz que sua vida e sua obra são a mesma coisa, Cecília quer dizer que cria vida nova através da palavra e não o inverso. Ela não coloca em palavras um evento biográfico, ela não está arrazoando o vivido, mas poetando um arrazoado”.
·        A tese problematiza o modernismo de 22, tratado na Tese como uma tradição que pende para a ruptura, o dito modernismo canônico, apontando para uma outra experiência modernista brasileira, como é o caso do modernismo continuador (expressão usada por Erion), na qual está inserida a revista Festa e Cecília Meireles. Um modernismo que teria inclusive desenvolvido uma concepção diferenciada de uma ideia do nacional. Sobre a participação de Cecília na revista Festa, observando que tal filiação parece uma pista para entender a singularidade de sua poesia.   
Por fim, saúdo o pesquisador e sua pesquisa, Erion Marcos do Prado e sua tese, criador e criatura, que, feito a borboleta depois da maturação do casulo, entrega-se às exigências de uma defesa de doutorado, numa espécie de ritual iniciático - no entanto, sem as fantasias místicas ou constrangimentos religiosos -, ritual que certamente lhe permitirá ascender a outros patamares acadêmicos, a outras experiências de leitura e escrita, a outros movimentos de saber, a outras perquirições que como as da presente tese certamente estimularão em nós, leitores, o convite ao voo.

Referências:

ANTELO, Raúl. Transgressão e Modernidade. Ponta Grossa: UEPG, 2001.
CICERO, Antonio. Antonio Cicero por Alberto Pucheu. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010. (Coleção Ciranda da Poesia)
CRUZ E SOUSA, João da. Cruz e Sousa simbolista: Broquéis, Faróis, Últimos Sonetos. Organização e estudo por Lauro Junkes. Jaraguá do Sul: Avenida, 2008.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Falenas. Lisboa: KKYM, 2015.
PRADO, Erion Marcos do. A teatralização do “eu” na linguagem do poema em Cecília Meireles. Florianópolis: UFSC, 2019. (Tese)
SPENCER, Gertrude. O drama da iniciação. 4 ed. Curitiba: Ordem Rosacruz, 1995.

A Banca de Doutorado foi composta pelos professores:
Raúl Antelo
Carlos Eduardo Capela
Rita Lenira de Freitas Bittencourt
Caio Ricardo Bona Moreira



[1] Como não lembrar do “Cristo de bronze” (2008, p. 52), bizarro, de Cruz e Souza. Aliás, Cruz e Sousa, em um de seus sonetos, “O Grande Momento”, escreveu sobre a consagração do Artista, sobre a entrada de sua Alma Imprevista no seio dos iniciados, comparando-a com a transformação da larva em borboleta: “Eis o grande Momento prodigioso / Para entrares sereno e majestoso / num mundo estranho d´esplendor sidéreo // Borboleta de sol, surge da lesma... / Oh vai, entra na possa de ti mesma, / quebra os selos augustos do mistério” (2008, p. 237). Pensando na longa, pertinente, e protéica discussão de Erion sobre a teatralização do “eu” na obra de Cecília, talvez pudéssemos pensar na despersonalização do poeta, na morte do autor, e na re(construção) do sujeito poético como a transição do estado de larva, no casulo, ao estado de borboleta. Vestir a máscara desse carnaval, fantasiar-se de borboleta, é nesse sentido uma forma moderna de fazer poesia.

[2] “Os poetas de Festa buscavam, acima de tudo, o absoluto e o eterno, ligando o mundo material ao mundo espiritual, tendo, segundo eles, uma visão da realidade total do ser, encontraram no simbolismo o principal tema para a sua poesia: a existência humana” (PRADO, 2019, p. 167).


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