terça-feira, 18 de março de 2014

Refiro-me a uma palavra toda azul, um blues tocando na vitrola, ou o ritmo fulgurante da dor de dentro ou de dente. Piegas é a chuva lá fora quando a alma, a mente, o espírito - seja lá o que for ou o que quiseres -, pede um sol, uma água tônica com rodela de limão, ou apenas um abraço no silêncio. Talvez essa palavra seja apenas o retrato de um homem amarelo, ou o sussurro da bailarina sequestrada numa pequena caixa de música. Mas tenho com os meus botões que tudo isso ainda vai virar a cena trágica de um filme iraniano - que nada me serve sem legenda. Ah, todas as palavras são falsas como a dublagem de uma novela mexicana ou como o bom dia do vizinho. Mas, às vezes, é quase tudo o que nos resta....

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