Fernando
Pessoa tem sido considerado pela crítica o principal poeta português cuja experiência poética é, mais do que em qualquer outro, oriunda e central da modernidade.
Há algumas semanas, postei um texto no qual discutia o conceito de Modernidade tomando como base as reflexões de Baudelaire. Relembremos. Em 1859, depois de visitar uma exposição do
pintor Constantin Guys, Charles Baudelaire escreveu uma coletânea de artigos de
crítica de arte intitulada “O pintor da vida moderna”. Nesses textos, o autor
das Flores do Mal, que por sinal foi lido por Fernando Pessoa, desenvolve
algumas das primeiras reflexões sobre aquilo que se convencionou chamar de
modernidade. Para Baudelaire, a arte possui duas metades. A primeira refere-se
ao contingente, ao efêmero, ao transitório, ou seja, a modernidade, e a segunda
refere-se ao infinito e ao eterno que ela pode presentificar. A missão do poeta
moderno estaria em extrair do eterno o transitório. A principal característica
dessa modernidade é a despersonalização como fundamento da poesia. A lírica já
não nasce da unidade entre poesia e pessoa (Fernando Pessoa soube disso), como
pretenderam os românticos. A poesia não
quer mais ser medida em base ao que comumente se chama de realidade. Ela
prescinde da humanidade, no sentido tradicional, da experiência vivida,
evitando o “eu” pessoal do artista.
Antes da modernidade, a poesia era
entendida como linguagem em estado de ânimo, da alma pessoal. A partir do final
do século XIX e início do século XX, o “eu” poético torna-se um “eu” cindido,
um “eu” desterritorializado e o poeta passa a ser agora um operador da
língua. Rimbaud defendia que o eu é
sempre um outro e Fernando Pessoa escreveu que o poeta é um fingidor (palavra
que torna problemática qualquer tentativa de tradução para o francês ou para o inglês tendo
em vista que o fingidor não é necessariamente um mentiroso, mas aquele que não
escreve com o coração e sim com o intelecto).
Nesse sentido, Fernando Pessoa dá
forma ao grande problema da lírica moderna, já que o poetar moderno nasce sob o
signo do artifício, da despersonalização. Ele é o primeiro poeta português a
fazer isso e talvez aquele que no mundo inteiro personificou essa questão de
maneira mais contundente. Pessoa era leitor de Edgar Alan Poe, escritor que
primeiro percebeu a necessidade de separara lírica do coração. Para Poe, a
poesia era trabalho, construção sistemática de uma arquitetura e não a
embriaguez do coração. O poeta português tinha consciência do que estava
fazendo, apesar de que chegou a pensar que os seus heterônimos eram originários
de um problema patológico. Ele estudou a psicanálise, conforme informou em
carta ao amigo Adolfo Casais Monteiro, mas a criticou por imaginar que os
problemas psicanalíticos tinham origem sempre na sexualidade.
F. Pessoa em seu Flagrante de Litro
Fernando
Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Aos cinco anos, perde o pai, vítima de
tuberculose. Um ano depois, cria o seu primeiro heterônimo, Chavalier de Pas.
Em 1895, sua mãe se casa com um cônsul português e a família vai morar em
Durban, na África do Sul. Lá, Pessoa recebe uma sólida instrução escolar
inglesa. Em 1901, volta para Portugal em férias. Nessa época a maioria dos
poemas que escreve são em língua inglesa. O poeta só voltaria definitivamente
para Lisboa em 1905. Época em que cria o segundo heterônimo, Alexander Search,
uma espécie de gênese das personagens que virão. É nesse período que Pessoa se
reconcilia com a língua portuguesa e começa a se interessar pela poesia
simbolista de Antero de Quental e Antonio Nobre, além do clássico Camões. Em
1907 abandona a faculdade e se dedica exclusivamente à literatura. Um ano
depois começa a trabalhar como correspondente de línguas estrangeiras, ou seja,
encarrega-se da correspondência comercial em inglês e francês em um escritório
de importações e exportações de Lisboa. Começa a escrever Fausto, uma tragédia
em que irá trabalhar durante toda a vida e que nunca terminará. Em 1912, dá-se
a sua estréia oficial no âmbito cultural com a publicação de um ensaio sobre
literatura, publicado na revista Águia, de Álvaro Pinto. É nesse ano também que
conhece o poeta Mário de Sá-Carneiro, futuro colaborador de Orpheu, com quem
estabelece grande amizade.
Em
1914, numa espécie de transe criador concebe o poeta Alberto Caeiro. É o que
ele chamou posteriormente de “O dia triunfal”. Reza a lenda, aliás, alimentada pelo próprio
poeta, que escreveu mais de trinta poemas em apenas uma noite. Poemas que
integrariam o livro Guardador de Rebanhos. Ainda em 1914 aparecem as primeiras
odes de Ricardo Reis. Um ano depois saem os dois únicos números da revista
Orpheu, cujo principal motivador foi Fernando Pessoa. A revista seria
considerada o marco oficial do modernismo português e contou com a colaboração
de figuras como Almada Negreiros, Santa Rita, Sá-Carneiro, Montalvor, o
brasileiro Eduardo Guimarães, entre outros. Em 1916, o amigo Sá-Carneiro comete
suicídio em Paris, acontecimento que vai influenciar toda a produção posterior
de Pessoa. Até o ano de sua morte, em 1935, milhares de páginas foram escritas,
não só de poemas, mas de prosas (é o caso de o Livro do Desassossego, que
começou a escrever em 1908 e que nunca concluiu), artigos, ensaios, traduções,
manifestos e cartas de amor à Ofélia, sua grande paixão. Informações que podem ser encontradas na biografia Estranho Estrangeiro, de Robert Bréchon, que li com bastante interesse há alguns anos.
Entre
os poemas de Pessoa, destaca-se o livro Mensagem, única obra em português concluída em
lançada em vida. As outras três que chegou a publicar são em inglês: 35
sonetos, Antinous e Epithalamium. O livro Mensagem é um caso especial. Para
entendê-lo é preciso conhecer a concepção mística que envolve as teorias
poéticas e políticas de Fernando Pessoa. O poeta acreditava, na esteira do
pensamento de Padre Vieira (considerado por Pessoa como o imperador da língua
portuguesa), no mito sebastianista, que interpretava o reino de Portugal como o
Quinto Império. Um mito que já era pregado na Idade Média pelo sapateiro
Bandarra e que se consolidaria depois da morte do rei D. Sebastião na batalha
de Alcácer-Quibir (Marrocos), em 1578. Em Mensagem, Pessoa recorre, à maneira
de Os Lusíadas, de Camões (aliás, com Mensagem, Pessoa quis rivalizar com
Camões), aos grandes heróis portugueses, inclusive D. Sebastião, para defender
a nação portuguesa como a pátria do futuro.
Não
seria fortuito observar que essas mesmas concepções místicas e poéticas em
Pessoa estarão de certa forma presentes em seus heterônimos. Fernando Pessoa
estudou profundamente o ocultismo (o que atestam os manuscritos que deixou),
chegando a estabelecer amizade com Audous Huxley. Admirava as sociedades
teosóficas e esotéricas, como a Rosa-Cruz e a maçonaria. Era uma forma que o
poeta encontrou de estabelecer um vínculo com o divino que transcendesse o
cristianismo católico. Alberto Caeiro e Ricardo Reis, por exemplo, eram poetas
afeitos ao paganismo. Álvaro de Campos é um dos meus prediletos, mas tenho lido com interesse e cada vez mais Alberto Caeiro. Cumpre lembrar que, curiosamente, mais de setenta heterônimos já foram catalogados no espólio de Fernando Pessoa, sem contar um semi-heterônimo como Bernardo Soares. Segue abaixo uma lista aproximada:
01. Dr. Pancracio - jornalista de A PALAVRA e de O PALRADOR, contista, poeta e charadista.
02. Luís António Congo - colaborador de O PALRADOR, cronista e apresentador de Eduardo Lança.
03. Eduardo Lança - colaborador de o PALRADOR, poeta luso-brasileiro.
04. A. Francisco de Paula Angard - colaborador de o PALRADOR, autor de «textos scientificos».
05. Pedro da Silva Salles (Pad Zé) - colaborador de o PALRADOR, autor e director da secção de anedotas.
06. José Rodrigues do Valle (Scicio), - colaborador de o PALRADOR, charadista e dito «director literário».
07. Pip - colaborador de o PALRADOR, poeta humorístico, autor de anedotas e charadas, predecessor neste domínio do Dr. Pancracio.
08. Dr. Caloiro - colaborador de o PALRADOR, jornalista-repórter de «A pesca das pérolas».
09. Morris & Theodor - colaborador de o PALRADOR, charadista.
10. Diabo Azul - colaborador de o PALRADOR, charadista.
11. Parry - colaborador de o PALRADOR, charadista.
12. Gallião Pequeno - colaborador de o PALRADOR, charadista.
13. Accursio Urbano - colaborador de o PALRADOR, charadista
14. Cecília - colaborador de o PALRADOR, charadista.
15. José Rasteiro - colaborador de o PALRADOR, autor de provérbios e adivinhas.
16. Tagus - colaborador no NATAL MERCURY (Durban).
17. Adolph Moscow - colaborador de o PALRADOR, romancista, autor de «Os Rapazes de Barrowby».
18. Marvell Kisch autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («A Riqueza de um Doido»).
19. Gabriel Keene - autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («Em Dias de Perigo»).
20. Sableton-Kay - autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («A Lucta Aerea»).
21.Dr. Gaudêncio Nabos - director de O PALRADOR (3.ª série), jornalista e humorista anglo-português).
22. Nympha Negra - colaborador de O PALRADOR, charadista.
23. Professor Trochee - autor de um ensaio humorístico de conselhos aos jovens poetas.
24. David Merrick - poeta, contista e dramaturgo.
25. Lucas Merrick - contista (irmão de David?).
26. Willyam Links Esk - personagem de ficção que assina uma carta num inglês defeituoso (13/4/1905).
27. Charles Robert Anon - poeta, filósofo e contista.
28. Horace James Faber - ensaísta e contista.
29. Navas - tradutor de Horace J. Faber.
30. Alexander Search - poeta e contista.
31. Charles James Search - tradutor e ensaísta (irmão de Alexander).
32. Herr Prosit - tradutor de O Estudante de Salamanca de Espronceda.
33. Jean Seul de Méluret - poeta e ensaísta em francês.
34. Pantaleão - poeta e prosador.
35. Torquato Mendes Fonseca da Cunha Rey - autor (falecido) de um escrito sem título que Pantaleão decide publicar.
36. Gomes Pipa - anunciado como colaborador de O PHOSPHORO e da Empresa Íbis como autor de «Contos políticos».
37. Íbis - personagem da infância que acompanha Pessoa até ao fim da vida nas relações com os seus íntimos que sobretudo se exprimiu de viva voz, mas também assinou poemas.
38. Joaquim Moura Costa - poeta satírico, militante republicano, colaborador de O PHOSPHORO.
39. Faustino Antunes (A. Moreira) - psicólogo, autor de um «Ensaio sobre a Intuição»).
40. António Gomes - «licenciado em philosophia pela Universidade dos Inúteis», autor da «Historia Cómica do Çapateiro Affonso».
41. Vicente Guedes - tradutor, poeta, contista da Íbis, autor de um diário.
42. Gervásio Guedes - (irmão de Vicente?) autor de um texto anunciado, «A Coroação de Jorge Quinto», em tempos de O PHOSPHORO e da Empresa Íbis.
43. Carlos Otto - poeta e autor do «Tratado de Lucta Livre».
44. Miguel Otto - irmão provável de Carlos a quem teria sido passada a incumbência da tradução do «Tratado de Lucta Livre».
45. Frederick Wyatt - poeta e prosador em inglês.
46. Rev. Walter Wyatt - irmão clérigo de Frederick?
47. Alfred Wyatt - mais um irmão Wyatt, residente em Paris.
48. Bernardo Soares - poeta e prosador.
49. António Mora - filósofo e sociólogo, teórico do Neopaganismo.
50. Sher Henay - compilador e prefaciador de uma antologia sensacionalista em inglês.
51. Ricardo Reis - HETERÓNIMO.
52. Alberto Caeiro - HETERÓNIMO.
53. Álvaro de Campos - HETERÓNIMO.
54. Barão de Teive - prosador, autor de «Educação do Stoico» e «Daphnis e Chloe».
55. Maria José - escreve e assina «A Carta da Corcunda para o Serralheiro».
56. Abílio Quaresma - personagem de Pêro Botelho e autor de contos policiais.
57. Pero Botelho - contista e autor de cartas.
58. Efbeedee Pasha - autor de «Stories» humorísticas.
59. Thomas Crosse - inglês de pendor épico-ocultista, divulgador da cultura portuguesa.
60. I.I. Crosse - coadjuvante do irmão Thomas na divulgação de Campos e Caeiro.
61. A.A. Crosse - charadista e cruzadista.
62. António de Seabra - crítico literário do sensacionismo.
63. Frederico Reis - ensaísta, irmão (ou primo?) de Ricardo Reis sobre quem escreve.
64. Diniz da Silva - autor do poema «Loucura» e colaborador de EUROPA.
65. Coelho Pacheco - poeta in ORPHEU III e na revista projectada EUROPA.
66. Raphael Baldaya - astrólogo e autor de «Tratado da Negação» e «Princípios de Metaphysica Esotérica».
67. Claude Pasteur - francês, tradutor de CADERNOS DE RECONSTRUÇÃO PAGÃ dirigidos por A. Mora.
68. João Craveiro - jornalista sidonista.
69. Henry More - autor em prosa de comunicações mediúnicas - «romances do inconsciente» como Pessoa lhes chama.
70. Wardour - poeta revelado em comunicações mediúnicas.
71. J. M. Hyslop - poeta revelado em comunicação mediúnica.
72. Vadooisf [?] - poeta revelado em comunicação mediúnica.”
01. Dr. Pancracio - jornalista de A PALAVRA e de O PALRADOR, contista, poeta e charadista.
02. Luís António Congo - colaborador de O PALRADOR, cronista e apresentador de Eduardo Lança.
03. Eduardo Lança - colaborador de o PALRADOR, poeta luso-brasileiro.
04. A. Francisco de Paula Angard - colaborador de o PALRADOR, autor de «textos scientificos».
05. Pedro da Silva Salles (Pad Zé) - colaborador de o PALRADOR, autor e director da secção de anedotas.
06. José Rodrigues do Valle (Scicio), - colaborador de o PALRADOR, charadista e dito «director literário».
07. Pip - colaborador de o PALRADOR, poeta humorístico, autor de anedotas e charadas, predecessor neste domínio do Dr. Pancracio.
08. Dr. Caloiro - colaborador de o PALRADOR, jornalista-repórter de «A pesca das pérolas».
09. Morris & Theodor - colaborador de o PALRADOR, charadista.
10. Diabo Azul - colaborador de o PALRADOR, charadista.
11. Parry - colaborador de o PALRADOR, charadista.
12. Gallião Pequeno - colaborador de o PALRADOR, charadista.
13. Accursio Urbano - colaborador de o PALRADOR, charadista
14. Cecília - colaborador de o PALRADOR, charadista.
15. José Rasteiro - colaborador de o PALRADOR, autor de provérbios e adivinhas.
16. Tagus - colaborador no NATAL MERCURY (Durban).
17. Adolph Moscow - colaborador de o PALRADOR, romancista, autor de «Os Rapazes de Barrowby».
18. Marvell Kisch autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («A Riqueza de um Doido»).
19. Gabriel Keene - autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («Em Dias de Perigo»).
20. Sableton-Kay - autor de um romance anunciado em O PALRADOR, («A Lucta Aerea»).
21.Dr. Gaudêncio Nabos - director de O PALRADOR (3.ª série), jornalista e humorista anglo-português).
22. Nympha Negra - colaborador de O PALRADOR, charadista.
23. Professor Trochee - autor de um ensaio humorístico de conselhos aos jovens poetas.
24. David Merrick - poeta, contista e dramaturgo.
25. Lucas Merrick - contista (irmão de David?).
26. Willyam Links Esk - personagem de ficção que assina uma carta num inglês defeituoso (13/4/1905).
27. Charles Robert Anon - poeta, filósofo e contista.
28. Horace James Faber - ensaísta e contista.
29. Navas - tradutor de Horace J. Faber.
30. Alexander Search - poeta e contista.
31. Charles James Search - tradutor e ensaísta (irmão de Alexander).
32. Herr Prosit - tradutor de O Estudante de Salamanca de Espronceda.
33. Jean Seul de Méluret - poeta e ensaísta em francês.
34. Pantaleão - poeta e prosador.
35. Torquato Mendes Fonseca da Cunha Rey - autor (falecido) de um escrito sem título que Pantaleão decide publicar.
36. Gomes Pipa - anunciado como colaborador de O PHOSPHORO e da Empresa Íbis como autor de «Contos políticos».
37. Íbis - personagem da infância que acompanha Pessoa até ao fim da vida nas relações com os seus íntimos que sobretudo se exprimiu de viva voz, mas também assinou poemas.
38. Joaquim Moura Costa - poeta satírico, militante republicano, colaborador de O PHOSPHORO.
39. Faustino Antunes (A. Moreira) - psicólogo, autor de um «Ensaio sobre a Intuição»).
40. António Gomes - «licenciado em philosophia pela Universidade dos Inúteis», autor da «Historia Cómica do Çapateiro Affonso».
41. Vicente Guedes - tradutor, poeta, contista da Íbis, autor de um diário.
42. Gervásio Guedes - (irmão de Vicente?) autor de um texto anunciado, «A Coroação de Jorge Quinto», em tempos de O PHOSPHORO e da Empresa Íbis.
43. Carlos Otto - poeta e autor do «Tratado de Lucta Livre».
44. Miguel Otto - irmão provável de Carlos a quem teria sido passada a incumbência da tradução do «Tratado de Lucta Livre».
45. Frederick Wyatt - poeta e prosador em inglês.
46. Rev. Walter Wyatt - irmão clérigo de Frederick?
47. Alfred Wyatt - mais um irmão Wyatt, residente em Paris.
48. Bernardo Soares - poeta e prosador.
49. António Mora - filósofo e sociólogo, teórico do Neopaganismo.
50. Sher Henay - compilador e prefaciador de uma antologia sensacionalista em inglês.
51. Ricardo Reis - HETERÓNIMO.
52. Alberto Caeiro - HETERÓNIMO.
53. Álvaro de Campos - HETERÓNIMO.
54. Barão de Teive - prosador, autor de «Educação do Stoico» e «Daphnis e Chloe».
55. Maria José - escreve e assina «A Carta da Corcunda para o Serralheiro».
56. Abílio Quaresma - personagem de Pêro Botelho e autor de contos policiais.
57. Pero Botelho - contista e autor de cartas.
58. Efbeedee Pasha - autor de «Stories» humorísticas.
59. Thomas Crosse - inglês de pendor épico-ocultista, divulgador da cultura portuguesa.
60. I.I. Crosse - coadjuvante do irmão Thomas na divulgação de Campos e Caeiro.
61. A.A. Crosse - charadista e cruzadista.
62. António de Seabra - crítico literário do sensacionismo.
63. Frederico Reis - ensaísta, irmão (ou primo?) de Ricardo Reis sobre quem escreve.
64. Diniz da Silva - autor do poema «Loucura» e colaborador de EUROPA.
65. Coelho Pacheco - poeta in ORPHEU III e na revista projectada EUROPA.
66. Raphael Baldaya - astrólogo e autor de «Tratado da Negação» e «Princípios de Metaphysica Esotérica».
67. Claude Pasteur - francês, tradutor de CADERNOS DE RECONSTRUÇÃO PAGÃ dirigidos por A. Mora.
68. João Craveiro - jornalista sidonista.
69. Henry More - autor em prosa de comunicações mediúnicas - «romances do inconsciente» como Pessoa lhes chama.
70. Wardour - poeta revelado em comunicações mediúnicas.
71. J. M. Hyslop - poeta revelado em comunicação mediúnica.
72. Vadooisf [?] - poeta revelado em comunicação mediúnica.”
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