O maior pintor do Paraná, ainda quase desconhecido, nasceu em Mallet. Ilustre depois de morto - suicida ou suicidado - Bakun foi pintor cósmico. Julgava-se parecido com Van Gogh. Obcecado pelo regime de cores do pintor holandês, o paranaense talvez tenha sido o maior expressionista brasileiro (não ficando atrás de Lasar Segall, que aliás era lituano). Bakun não cedeu à moda do abstracionismo e esse talvez tenha sido um dos motivos da desvalorização de sua obra em sua época. Julgou uma afronta ser premiado com uma caixa de tintas em um Salão de Arte Parananense. Vítima da famosa autofagia curitibana e de profundos conflitos existenciais (boatos afirmam que um caso extraconjugal piorou a situação), enforca-se no seu ateliê em 1963. Tinha 54 anos. Foi Van Gogh...
Some-se a isso: Cruz e Sousa, por exemplo, em Desterro (atual Florianópolis), no final do século XIX, era Preto, Pobre e Poeta! Deu no que deu, nosso maior poeta do século, passou em branco (ou seja, em negro) em vida. Bakun, por sua vez, em Curitiba, viveu drama semelhante nos anos 40,50 e 60. Era Polaco, Pintor, Parananense e Pobre. Deu no que deu.
Some-se a isso: Cruz e Sousa, por exemplo, em Desterro (atual Florianópolis), no final do século XIX, era Preto, Pobre e Poeta! Deu no que deu, nosso maior poeta do século, passou em branco (ou seja, em negro) em vida. Bakun, por sua vez, em Curitiba, viveu drama semelhante nos anos 40,50 e 60. Era Polaco, Pintor, Parananense e Pobre. Deu no que deu.
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