quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Brasil

Meu Brasil é o Brasil de Leci Brandão, de José Datrino, vulgo Gentileza, de A.B. do Rosário, de Pixinguinha e Noel, Milton Santos, tia Ciata. Meu Brasil é o Brasil dos pobres e miseráveis, de Santa Cruz do Piauí, onde conheci o forró e a cajuína, do pinhão do Paraná, de Riobaldo e Diadorim. Meu Brasil é o Brasil de Pedro Archanjo, do fandango, do pandeiro, da embolada, do catimbó, saravá! Dos novos baianos e dos velhos marinheiros. Meu Brasil é das mandingas e encruzas, Saci e padre Ciço, Sururu ou Vatapá, dos encantados, de Jamelão ou Carcará. Na minha reza de amém-jesus-maria-e-josé, contra quebrantos e inveja, sou mangueira e portela, menino da porteira, a Deus dará... não me venham, generais, com a história de indolência negra ou indígena, que, como Vinícius, sou o branco mais preto dessas cercanias... quem é homem de bem não trai o amor que lhe quer!

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