Corpo-página: suporte do texto. Ou o Poema que mora no corpo. PAPELE: Papel-pele que o poeta tanto tateia quanto tatua. Ou a escrita do corpo incorporada no poema, ou o ato ou a arte do corpo se dobrar no movimento do poema. Prazer do texto: Pele que cintila entre duas peças de roupa; ou se insinua lá onde a veste se entreabre. Os poemas sobre o corpo que se apresentam aqui intentam num jogo de bem me quer e mal me quer despir a flor para descobrir a pele-palavra que se ensaia no jardim-poema onde o corpo habita. O poeta, como o fotógrafo, escreve com a luz, FOTO-GRAFA. E tal grafia se dá no poema, na página, como no corpo, tal qual tatuagem, cuja natureza é sempre selvagem e performática.
Caio Ricardo Bona Moreira
Caio Ricardo Bona Moreira
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